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Faculdade de Enfermagem desenvolve programa de extensão sobre empoderamento da mulher amazônica

  • Publicado: Terça, 02 de Janeiro de 2018, 15h13
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A Faculdade de Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde da UFPA desenvolve o Programa de Extensão Empoderamento e Fortalecimento da Mulher Amazônica frente à Violência Doméstica e Intrafamiliar, coordenado pela professora doutora Vera Lúcia de Azevedo Lima. O projeto reúne docentes e discentes em uma equipe interdisciplinar, com o objetivo de informar, sensibilizar, esclarecer e instrumentalizar as mulheres sobre os diversos tipos de violência de gênero e sobre as políticas públicas específicas que podem proporcionar o empoderamento e o fortalecimento da mulher diante dessas violências.

A equipe, formada por bolsista de extensão, acadêmicos de Enfermagem e de Medicina e mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem/UFPA, atua realizando o levantamento de dados, pesquisa bibliográfica, grupos de estudo, reuniões de planejamento, facilitação das oficinas, entre outras ações, a fim de romper com a socialização que induz a aprendizagem da violência.

O programa foi aprovado, em 2011, pela Pró-Reitoria de Extensão da UFPA, com o objetivo de ministrar palestras e oficinas para mulheres em situação de violência, ou não, sobre conceitos, definições, causas e consequências da violência; exibir filmes sobre a temática da violência doméstica, intrafamiliar e sexual para docentes e discentes da área da saúde e de outras áreas do conhecimento; elaborar material didático educativo enfatizando a segurança, o empoderamento e o fortalecimento da mulher vítima de violência e sensibilizar a comunidade acadêmica da área da saúde e de outras áreas do conhecimento para a importância de discussões e reflexões sobre a temática.

Segundo a coordenadora, professora Vera Lúcia de Azevedo Lima, por meio das ações educativas desenvolvidas pelo programa, foi percebida a carência de informações principalmente sobre a violência doméstica e infrafamiliar contra a mulher. Muitas mulheres ainda sentem vergonha de referir a situação ao profissional, mesmo que sejam perceptíveis as consequências (hematoma, ferimento, corte e edema), mas, em alguns casos, é por meio dessas ações que se iniciam o processo de assistência e denúncia.

“Quando informado o conceito sobre violência, os participantes relacionavam facilmente a violência física deflagrada pelo homem contra a mulher dentro das relações conjugais. Quanto aos tipos de violência, a física, psicológica e sexual eram sempre bem descritas, contudo era evidente o desconhecimento acerca das violências patrimonial e moral, exceto quando já vivenciada. Contudo entendem que a violência pode estar presente em qualquer relação independentemente  da religião, do nível educacional ou socioeconômico, da faixa etária”, explica a professora.

Desenvolvimento - A metodologia do programa constitui-se de pesquisas bibliográfica e documental sobre a temática, com envolvimento da equipe de docentes e discentes de graduação e pós-graduação sobre os conceitos sobre família, violência, saúde, psicologia do desenvolvimento, fatores de risco e proteção e sexualidade.

Após a leitura e discussão, foram elaboradas as ações educativas, realizadas por meio de palestras, oficinas, cursos, roda de conversas, grupos de encontro, exibição de filmes, participação de campanhas alusivas sobre a temática.

“No decorrer das atividades, os participantes, ao se sentirem mais confiantes, relataram casos do seu cotidiano, pessoal ou de alguém próximo. Muitos se surpreendiam após o conhecimento dos demais tipos de violência e percebiam que já tinham vivenciado a situação de violência, sem ter conhecimento”, conta Vera Lúcia.

Para a formação acadêmica em Enfermagem, Medicina e em outros cursos da área da saúde, o incentivo das ações educativas sobre a violência doméstica e intrafamiliar contra a mulher foi relevante para o destaque da necessidade de reflexão acerca do problema em questão e das atuais políticas de proteção à mulher.

Podem participar voluntários acadêmicos da área da saúde e de outras áreas do conhecimento, assistindo às reuniões do grupo. As ações são agendadas nas comunidades ligadas à UFPA e a outras comunidades.

Texto: Elizandra Ferreira  – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Reprodução / Google

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