Ir direto para menu de acessibilidade.

Seletor idioma

ptenes

Opções de acessibilidade

Página inicial > Ultimas Notícias > Casa de Estudos germânicos apresenta exposição no Museu do Estado sobre os índios Caxinauás
Início do conteúdo da página

Casa de Estudos germânicos apresenta exposição no Museu do Estado sobre os índios Caxinauás

  • Publicado: Domingo, 28 de Janeiro de 2018, 12h34
  • Acessos: 1182

Exposição Os Caxinauás

A Casa de Estudos Germânicos da UFPA, em cooperação com o Museu do Estado do Pará,e em parceria com o Instituto Goethe e o DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico), apresenta a exposição “Os Caxinauás – Autonomia e Contato”, com obras do fotógrafo teuto-brasileiro Harald Schultz. A curadoria é das linguistas Eliane Camargo e Sabine Reiter em cooperação com Marcelino Piñedo, Alberto Roque Toribio, Hulício Moisés e outros integrantes do grupo Caxinauá. A coordenação artística é de Martin Juef. O vernissage será realizado no dia 1º de fevereiro, às 20 horas, nos jardins do Museu do Estado do Pará, e a exposição será instalada na Galeria Antônio Parreiras do Museu. A exposição permanecerá na galeria do MEP até 25 de março. A entrada é gratuita. 

Programação - Serão exibidas fotografias e o documentário de Harald Schultz assim como material audiovisual (cantos, relatos históricos e mitos narrados por integrantes do grupo, uma entrevista e imagens) e textos de outras épocas, que juntos esboçam o desenvolvimento dos Caxinauás por meio da sua história de contatos até os tempos de hoje. A expoisção será interativa com visitas monitoradas por representantes do grupo e estudantes da Casa de Estudos Germânicos; mesa-redonda com dois caxinauás, integrantes de outras etnias e pesquisadores; além de uma oficina no PPGLda UFPA sobre e de trabalho linguístico cooperativo.

Projeto -  Em 1951, o fotógrafo teuto-brasileiro Harald Schultz visitou os caxinauás peruanos que formam a parte menos numerosa do grupo indígena pano que vive na região fronteiriça entre o Brasil e o Peru, na bacia dos rios Juruá e Purus. Estes, na época, viviam em relativo isolamento, ao contrário de seus parentes no lado brasileiro que – desde a época da borracha vivem em contato mais estreito com a população não-indígena e, consequentemente, passaram por um processo de aculturação mais rápido e mais intenso.

Grande valor - As fotografias de H. Schultz e um filme que produziu têm hoje – mais de 60 anos depois da data que marcou o começo de um contato mais intenso entre o grupo peruano e a sociedade maioritária – um grande valor documentativo.  Desde então receberam visitas de missionários, comerciantes, militares, pesquisadores e outros representantes de fora que contribuíram às diversas mudanças sociais. Apesar dessas influências e intervenções, o grupo conseguiu manter uma grande parte do seu conhecimento tradicional. Paradoxalmente, a presença dos forasteiros contribuiu à preservação deste conhecimento por ser documentado nos trabalhosdos pesquisadores em textos e em gravações audiovisuais. Hoje em dia, esse material, junto com as recordações dos anciões, serve como base para uma revitalização cultural dos caxinauás em ambos os lados da fronteira.

A história desse grupo reflete as histórias de muitos povos indígenas da Amazônia: a opressão e dispersão em consequência da exploração de borracha, a dizimação por epidemias, as tentativas de catequização e integração às categorias administrativas nacionais e a luta pelos direitos políticos e pela identidade.

Serviço:
Exposição “Os Caxinauás – Autonomia e Contato”
Data: 1º de fevereiro a 25 de março de 2018
Local: Museu do Estado do Pará, Praça Dom Pedro II, Cidade Velha, Belém
Horários de Visita: De terça à sexta:  10h às 16h; e sábado e domingo: 9h às 13h.

Texto e arte: Divulgação

registrado em:
Fim do conteúdo da página