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Seminário debate memórias, histórias, tecnologias e arquivos digitais 50 anos depois de 1968

  • Publicado: Segunda, 26 de Março de 2018, 18h06

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A Universidade Federal do Pará abre espaço para mais um debate sobre o período histórico de lutas e resistência ocorrido na década de 60 e nos dias atuais, com a realização do “Seminário de Ensino de História - 1968, 50 anos depois: memórias, histórias, tecnologias e arquivos digitais”. O evento reunirá, até esta quarta-feira, 28 de março, no auditório do Centro de Eventos Benedito Nunes, no Campus Guamá, em Belém, pesquisadores e estudantes de várias instituições públicas de ensino superior que irão discutir resultados de pesquisas, bem como rememorar os 50 anos de inauguração do Campus Universitário da UFPA.

373x212 26.03.2018 50 Anos Depois Fotos Alexandre de Moraes 1A programação foi aberta na manhã desta segunda-feira, dia 26, com a presença do reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho; do vice-reitor, Gilmar Silva; do deputado federal (PSOL/PA), Edmilson Rodrigues; do coordenador do Campus de Ananindeua, Francivaldo Nunes; da coordenadora do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória/UFPA), Edilza Fontes; do coordenador do Programa de Pós-Graduação em História/UFPA, Maurício Costa; da coordenadora do PPGCIMES/UFPA, Marianne Kogut Eliasquevici; a representante do Sindicato dos Professores e Professoras das IFES do Pará (SindProifes/PA), Socorro Coelho; e da representante do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifes), Taís Raniere.

373x212 26.03.2018 50 Anos Depois Fotos Alexandre de Moraes 7Emmanuel Tourinho destacou a compreensão do ano de 1968 como um período  de lutas por direitos, contra a discriminação, contra regimes autoritários e em favor da liberdade. Segundo ele, rever esse momento histórico é importante para pensar os desafios que as sociedades contemporâneas enfrentam, com agendas conservadoras e políticas de supressão de direitos. “O nosso País vive um momento crítico, em que conquistas que vinham sendo acumuladas como resultado das lutas políticas e sociais têm sido ameaçadas, inclusive o direito à educação pública”.  Ainda segundo o reitor, como em 1968, as universidades, sobretudo as universidades públicas, têm um papel importante a desempenhar na atual conjuntura. “As lutas sociais na década de 60 foram lutas em que as universidades tiveram um papel importante de organização e resistência. Do mesmo modo, as universidades de hoje precisam constituir-se como ambiente de debate crítico e de defesa dos direitos conquistados”.

Para o vice-reitor, Gilmar Silva, o Seminário abre um espaço importante para o debate porque “serão três dias de diálogo não só sobre o momento histórico de 1968, mas de todo o processo que vem se desenvolvendo até o ano de 2018. É um desafio muito grande, mas sobretudo é um momento importante para nós compreendermos, planejarmos e deslumbrarmos um futuro diferente”.

373x212 26.03.2018 50 Anos Depois Fotos Alexandre de Moraes 4Durante seu pronunciamento, a coordenadora do ProfHistória e organizadora do evento, Edilza Fontes, falou dos trabalhos realizados pela Comissão da Verdade, os quais resultaram na coleta importante de material para a construção de um acervo digital. “A intenção da Comissão da Verdade é entregar o relatório dia 13 de dezembro de 2018, quando se completa 50 anos do AI-5, e neste momento também vamos lançar o acervo digital que vai conter todos os dossiês de pessoas que fizeram oposição aos regimes militares vinculados à Universidade”.

Para a construção do acervo digital foram disponibilizados R$ 60 mil reais de emenda parlamentar do deputado federal Edmilson Rodrigues. O acervo será composto de mais de 12 mil fotogramas de jornais, correspondências dos reitores com os governos militares e com o FMI, além de todos os 52 depoimentos coletados até o momento de pessoas que viveram as experiências do regime militar.

Programação - O Seminário é uma realização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); do Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória/Ananindeua); do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia (PPHIST/Belém); Programa de Pós-Graduação Criatividade, Inovação em Metodologias de Ensino Superior (PPGCIMES/AEDI-UFPA/Belém); do Grupo de Pesquisa do CNPq – “Os governos militares na Amazônia: Memórias e História”, além do apoio do Gabinete da Reitoria, Editora da UFPA (EDUFPA) e da Comissão “César Leite” de Memória e Verdade da UFPA.

373x212 26.03.2018 50 Anos Depois Fotos Alexandre de Moraes 5Após a mesa de abertura, foi exibido o documentário sobre 1968 no Pará. O trabalho consiste na apresentação de depoimentos de pessoas que vivenciaram o período de opressão e de luta por direitos na década de 60 no Pará.

A primeira conferência do dia foi apresentada pela professora Edilza Fontes, intitulada "1968 no Pará": A história de uma geração". À tarde, foram formadas duas mesas-redondas, uma sobre "O movimento Estudantil da UFPA e o ano de 1968: A reforma universitária e as ocupações das faculdades" e a outra "1968, as memórias, a história e a construção de arquivos digitais”, apresentada pelo conferencista Daniel Aarão Reis, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).

A programação segue nesta terça (27) e quarta (28), em vários locais da Universidade, composta de mesas-redondas, simpósios temáticos, conferências, oficinas e minicursos.

Texto: Ericka Pinto – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes

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