Que tal ganhar um coelho nesta páscoa? Veterinária dá dicas para decidir comprar ou não o mascote
De olhos vermelhos e pêlo branquinho, eles encantam as crianças e seduzem os pais durante a Páscoa. Nesse período aparecem em comerciais, lojas e produtos para celebrar uma data muito especial. A pesquisadora Sheyla Farhayldes Domingues, do Instituto de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Castanhal, orienta famílias que planejam adotar um “coelhinho” este ano.
“Como animais de estimação são excelentes para o convívio em família, por serem tranquilos, afetuosos, limpos e poderem ser facilmente treinados. Porém, antes de comprar um espécime, o ideal é refletir sobre as necessidades do mascote e se a família tem condições de cuidar do bem estar do animal. Se todos decidirem adquirir um coelhinho, o melhor é se preparar previamente para a chegada do novo membro da família”, recomenda a especialista.
Ana Paula Maués, estudante de Relações Internacionais, possui dois coelhos de estimação, o Luke e o Bilbo. A mãe da Ana, em princípio, não queria permitir que a filha adotasse tal bicho como animal de estimação por possuir fama de “roedor”. Após aconselhamento médico indicando os benefícios de ter um mascote por perto, a família permitiu a chegada do “amigo orelhudo”.
“Eu sempre quis ter um coelho, mas minha mãe nunca deixou pois já havia cuidado de alguns e sabia que eles eram sapecas”, foi assim que o Luke chegou em casa. “Após ler bastante sobre coelhos e descobrir que são muito sociáveis entre a própria espécie, achei que seria bom para ele ter uma companhia, então veio o segundo, o Bilbo”, lembra Ana Paula.
Saúde, higiene e alimentação – Em geral os coelhos são animais resistentes e podem viver até 16 anos. A principal causa de problemas de saúde na espécie está relacionada com a má alimentação e falta de cuidados de higiene e limpeza no ambiente em que eles são mantidos.
“Os coelhos são animais limpos e, para evitar a disseminação de qualquer doença, as condições de criação dessa espécie devem ser bastante higiênicas. As gaiolas e os comedouros devem ser limpos diariamente e todo o material orgânico, como resto de comida, fezes e urina, não podem se acumular”, recomenda Sheyla, que também é médica veterinária do Laboratório de Biotecnologia e Medicina de Animais Silvestres da Amazônia.
É importante ter muito cuidado com a alimentação do mascote. Vegetais e feno são essenciais para melhorar a flora intestinal, e rações específicas já são vendidas no mercado para deixar os coelhinhos saudáveis.
É importante também ter cuidado quando há outros “ membros” na família. “Eu também tenho dois cachorros e os coelhos são muito diferentes, e se sentem intimidados pelos cães. Eles são um pouco menos “sensíveis” quanto aos humanos, mas sabem apreciar carinho, quem dá comida, quem limpa os lugares em que eles ficam. Então, eles sempre procuram minha companhia, pulam na cama e pedem carinho. Além de serem observadores e me seguirem pela casa”, conta Ana Paula.
Texto: Glauce Monteiro e Vagner Mendes - Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Arquivo pessoal
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