Curso de Língua Espanhola exibe documentário sobre comunidade quilombola e urbanismo em Abaetetuba
Para inaugurar oficialmente seu ano acadêmico, o curso de Língua Espanhola da Faculdade de Ciências da Linguagem (FACL/Abaetetuba) realizou, na última quinta-feira, 5 de abril, a exibição gratuita do documentário O Areal, seguida de um debate com professores. O filme mostra a relação entre a comunidade de quilombolas Guajará e o urbanismo, que representa a construção da ponte Alça Viária do Pará, que uniu e reconfigurou a realidade da cidade de Abaetetuba e seus arredores.
O evento começou com a saudação do novo coordenador da FACL, José Eduardo Pastana, e uma leitura de poemas indígenas brasileiros (em português e espanhol), por dois alunos, antes de iniciar o filme.
Para o debate realizado após a sessão, estavam presentes as professoras Rosa Azevedo (NAEA-Belém) e Eliana Teles (PPGCITI, Abaetetuba), com a presença especial do Sr. Zeca, dirigente da comunidade Guajará, e da Sra. Antônia, sua esposa.
Reflexão - Segundo o professor Marco Chandía Araya, a amostra do documentário O Areal abre nos espectadores a reflexão sobre o conflito entre a tradição e a modernidade, representado por meio de narrativas orais dos habitantes das comunidades indígenas de Guajará e Itancoa, e a presença real da construção de ponte Alça Viária, que uniu, mas também colocou em tensão a relação entre esses dois mundos.
“O diálogo manifesta a sobrevivência de uma comunidade que resiste aos impulsos da modernização porque mantém um capital cultural herdado de seus ancestrais e transmitido oralmente. Assim, a oralidade, a memória coletiva, a religiosidade e a convivência com a natureza, são elementos constitutivos desse povo que não sucumbiu ao progresso, pelo contrário, foi ressignificado vital e espiritualmente”, conclui o professor.
Texto e fotos: Divulgação
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