TransformaDor será destaque em rede nacional sobre experiências bem-sucedidas no SUS
O TransformaDor: Parir com Amor, Sem Violência será tema do Programa “Canal Saúde na Estrada”, do Canal Saúde, emissora da Fiocruz. As gravações ocorrerão entre 23 e 27 de abril, em Belém, onde o projeto que combate a violência obstétrica é desenvolvido. No ano passado, o TransformaDor foi uma das seis experiências nacionais, sendo a única da Região Norte, reconhecidas como inovadora pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). A gravação do programa de 26 minutos é parte da premiação.
“Esperamos que a exibição do projeto em rede nacional mostre que o combate à violência obstétrica é possível; que devemos começar com as mulheres em condição de vulnerabilidade social, as quais são as maiores vítimas, junto de seus bebês. Queremos também estimular outros profissionais, no SUS, a criarem grupos de apoio para o enfrentamento prático desta violação”, afirma Edna Abreu, coordenadora do projeto de extensão da Universidade Federal do Pará, que já beneficiou mais de 700 pessoas em 2 anos.
A programação do Canal Saúde pode ser conferida por antena parabólica, com recepção digital, por meio da web TV na página do Canal Saúde (www.canal.fiocruz.br) e também na multiprogramação do Canal Brasil. Os conteúdos produzidos pelo canal englobam temas como políticas públicas, cidadania, tratamentos, atualidades, comportamentos, desenvolvimento tecnológico, meio ambiente, sustentabilidade e outros. O Programa Canal Saúde na Estrada possui 26 minutos de duração e é produzido em diversas regiões do Brasil, retratando experiências bem-
-sucedidas do SUS.
SUS que dá certo - A terceira edição do TransformaDor foi iniciada em março deste ano, com uma roda de relatos de parto de mulheres atendidas pelo projeto. Depoimentos como o de Roberta Costa, 33 anos, autônoma, que teve sua primeira filha de cesariana, sem indicação. De acordo com ela, o segundo parto foi bem diferente, com o apoio e a formação do programa. “Graças ao projeto, não fui enganada de novo, nem vítima de violência e fui exigente na escolha da maternidade”, afirma.
A participação na iniciativa foi positiva também para Maiara dos Anjos Góes, 24 anos. A auxiliar administrativa teve o 1° filho em um parto normal no SUS. “As reuniões foram fundamentais para o nascimento do meu filho. Estava tão empoderada que não teve jeito, a maternidade teve que aceitar que a gente estava ali e sabia dos nossos direitos", relembra. Ela foi acompanhada pelo marido no parto, direito garantido por lei para todas as mulheres, mas ainda comumente desrespeitado.
TransformaDor - É realizado quinzenalmente na Unidade Municipal de Saúde da Cremação. Os encontros incluem rodas de conversa, oficinas, dança circular e mostra de vídeos para explicar o conceito de violência obstétrica, os direitos das grávidas e como as más práticas podem ser denunciadas.
A programação do TransformaDor em 2018 abordará temas como: a importância do pré-natal; o que é a violência obstétrica; as boas práticas de atenção ao parto no combate à violência obstétrica; as fases do trabalho de parto e a melhor hora de procurar a maternidade; o papel do acompanhante; como aliviar a dor com métodos naturais, o pós-parto, a importância da amamentação, entre outros. “Queremos que a mulher tenha consciência dos direitos que lhe são assegurados para que esse momento seja vivido de forma segura, respeitosa e prazerosa, explica Edna Barreto, coordenadora do projeto de extensão da UFPA.
A iniciativa, em parceria com a Prefeitura de Belém e a Residência em Enfermagem Obstétrica da UFPA, conta com uma equipe multi e transdisciplinar, que inclui enfermeiras obstetras, doulas, profissionais da Educação, residentes em Enfermagem Obstétrica da UFPA e alunas de graduação de diversos cursos da Instituição que atuam como voluntárias.
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Texto e arte: Divulgação
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