Parceria entre UFPA, Vale e Fadesp possibilita criação de especialização em Distribuição de Energia Elétrica
Uma parceria entre a Faculdade de Engenharias Elétrica e Biomédica da Universidade Federal do Pará (UFPA), a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) e a mineradora Vale proporcionou a criação de uma turma de especialização em “Distribuição de Energia Elétrica e Subestações Aplicadas à Extração e Beneficiamento Mineral”, em Carajás (PA). O curso tem como objetivo contribuir para a qualificação de profissionais envolvidos com projeto, montagem, manutenção, controle e automação de redes de distribuição de energia elétrica aplicadas aos processos de extração e beneficiamento mineral.
O projeto foi assinado no dia 3 deste mês, pelo diretor adjunto da Fadesp, professor Roberto Ferraz; pelo coordenador do curso, professor João Paulo Vieira; e pelas representantes da Vale. A turma terá duração de 18 meses e será fechada para 25 profissionais graduados em Engenharia Elétrica e afins.
O diretor avalia que, como fundação de apoio, a Fadesp está fazendo a interveniência entra a universidade e a Vale. Também está cumprindo sua tarefa de gerenciamento administrativo-financeiro e acompanhamento da execução, enquanto a universidade cumpre uma de suas finalidades que é apoiar a sociedade e, como parte dela, as empresas, para desenvolverem suas tecnologias e formarem recursos humanos.
Segundo o coordenador do curso, a especialização permitirá a atualização tecnológica dos profissionais. Com a formação que se inicia em agosto deste ano de 2018, a expectativa é que eles possam, a partir do conhecimento adquirido, melhorar tanto a extração e o beneficiamento mineral como a operação, a qualidade da energia elétrica e a eficiência das redes de distribuição que alimentam tais processos produtivos.
Com o acesso que os professores terão às instalações, será possível associar o conhecimento acadêmico acumulado pelos professores à realidade do processo produtivo da Vale. Essa combinação deve resultar em análises e experiências para a redução de perdas, por exemplo.
O professor Ubiratan Bezerra, que também integra o projeto, reforça que a especialização fortalece a transferência de conhecimento. “Houve avanços tecnológicos que nós da Academia acompanhamos continuamente e, às vezes, eles que estão há mais de dez anos na empresa, não”, observa.
Bezerra acrescenta que a experiência também pode gerar novas demandas como trabalhos e dissertações acadêmicas, assim como estabelece a necessária relação entre a Academia e os meios produtivos para que sejam gerados processos mais eficientes.
Texto: Sandra Rocha - Ascom / Fadesp
Foto: Reprodução / Google
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