Cônsul-geral Britânico visita a UFPA para discutir sobre investimentos e cooperação
A UFPA recebeu, no último dia 21 de maio, o cônsul representante do Consulado-Geral Britânico de Belo Horizonte, Thomas Nemes, para discutir as oportunidades de cooperação internacional entre a Universidade e empresas do Reino Unido. A reunião deu início ao diálogo sobre investimentos em pesquisas científicas que contribuem para o desenvolvimento econômico e socioeconômico do Estado.
A primeira visita do Consulado à Universidade serviu, principalmente, para entender quais são, exatamente, as prioridades e oportunidades, assim como explorar possibilidades de colaboração e cooperação entre as instituições, tendo a ciência e inovação como prioridade da missão diplomática.
Thomas Nemes afirma que Belém tem uma posição privilegiada no globo quanto à natureza, sobretudo num período em que se enfrentam desafios no desenvolvimento econômico mundial.
“Como missão diplomática no Brasil, temos presença em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Recife, mas não significa que não temos o interesse e o objetivo de visitar e conhecer as diversas regiões do País. De fato, isso é muito importante, devido ao tamanho das dimensões continentais do Brasil”, acrescenta.
O vice-reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, destaca as possibilidades de investimento em ciência e tecnologia, por meio da cooperação internacional. “Nesse caso, a discussão com outros países a respeito de ações voltadas para a educação é importante, mas a agenda colocada pelo cônsul é para se discutir, além da educação, a questão da saúde e da agricultura sustentável, o que é muito positivo para o nosso Estado, que tem uma experiência importante nessas áreas.”
O cônsul tem, agora, como missão comunicar as informações discutidas na reunião à matriz do Consulado e à sua equipe espalhada pelo País. Ações como esta são cada vez mais frequentes. Quanto à UFPA, “sem dúvida, é a primeira de outras visitas, ainda mais nessas vertentes, tanto mineração como área de saúde, que também é importante, e agricultura sustentável. Vamos buscar cada vez mais possibilidades”, completa Thomas Nemes.
Investimentos – O Consulado-Geral Britânico lançou, em 2014, um fundo de atuação no Brasil, e até 2022 terá investido 80 milhões de libras no país. Isso se multiplica quando se tem o investimento mútuo do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) ou da Empresa Brasileira de Inovação e Pesquisa (Finep); um valor significativo que mostra o que existe entre o Brasil e o Reino Unido na área de cooperação científica e inovação.
“É importante que a gente não limita isso ao eixo Rio/São Paulo/Brasília/Minas Gerais, podemos ter uma representatividade maior de oportunidades no Brasil como um todo. Eu acho o Pará muito importante para isso”, ressalta o cônsul.
Atualmente, existem empresas britânicas investindo na área de mineração no Pará. Com políticas públicas afirmativas, com foco em sustentabilidade, também é cogitada a possibilidade de novos investimentos que contribuam para o desenvolvimento econômico e socioeconômico do Estado.
UFPA – No dia em que ocorreu a reunião, 21 de maio, terminava o prazo de envio dos projetos institucionais de internacionalização da UFPA. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Rômulo Simões Angélica, destacou os benefícios desse tipo de parceria.
“Hoje uma das palavras-chave no Brasil para pesquisa na pós-graduação é internacionalização, então a expectativa é que instituições de diferentes países possam colaborar com os nossos professores e programas. O Reino Unido pode ser um importante parceiro para a melhoria da nossa pesquisa e da nossa pós-graduação”, acrescenta.
Segundo Thomas Nemes, o governo Britânico apoia que as universidades brasileiras estruturem suas estratégias de internacionalização. Na primeira fase do programa Ciências sem Fronteiras 2018, o Reino Unido recebeu mais de 11 mil alunos brasileiros, segundo maior número de estudantes que recebeu nesse ano. Como consequência, as universidades britânicas atentaram para a cooperação com o Brasil e para os estudantes brasileiros.
Texto: Elizandra Ferreira – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Alexandre Moraes
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