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UFPA possui 300 alunos estrangeiros

  • Publicado: Sexta, 15 de Junho de 2018, 13h54

25 05 15 Dia da Africa Adolfo Lemos 23

Nos últimos seis anos (2013 a 2017), a Universidade Federal do Pará (UFPA) recebeu pelo menos 479 alunos estrangeiros que vieram realizar intercâmbios na Instituição. Atualmente, a UFPA possui 300 alunos de graduação e pós-graduação que são estrangeiros. Dezenas deles chegaram este ano e mais são esperados para 2019. Os números, porém, oscilam a cada ano e a realização de intercâmbios enfrenta barreiras. A maior delas, a recente extinção do Programa Ciência Sem Fronteias.

Falta proficiência e bolsas - Para a pró-reitora de Relações Internacionais da UFPA (Prointer), Iracilda Sampaio, os números são positivos, mas poderiam ser maiores. “A procura de candidatos interessados em mobilidade depende também do interesse dos alunos, condicionado ao domínio do idioma e à existência de bolsas integrais. Um dos maiores empecilhos para que os alunos paraenses possam ir ao exterior é a proficiência de idiomas que torna a procura por Portugal a maior.”

Outro fator que influi nas idas e vindas de alunos na UFPA em mobilidades internacionais é “a extinção do Programa Ciência Sem Fronteiras, que ofertou inúmeras vagas para diversos cursos, especialmente nas áreas de engenharia e saúde”, pondera a pesquisadora.

Além disso, os números estão abaixo da realidade na Universidade, uma vez que o modelo de gestão da UFPA é descentralizado e muitas unidades acadêmicas como Programas de Pós-graduação, Núcleos, Institutos e Faculdades articulam de forma independente suas parcerias internacionais. Também há acordos entre professores específicos com colegas em universidades estrangeiras os quais não são registrados pela Instituição, mas permitem mobilidade internacional a estudantes.

UFPA participa de vários acordos para mobilidade estudantil - Entre os programas registrados, a UFPA participa: na graduação - BRAMEX, BRACOL, PEC-G, Paulo Freire, e Santander. Na Pós-graduação, a UFPA recebe alunos de mestrado e doutorado pelo PAEC e pelo PEC-PG, e envia alunos para o exterior pelo PDSE (Programa de Doutorado Sanduiche no Exterior), com bolsas da Capes e do CNPq.

Juntos, esses programas disponibilizam dezenas de oportunidades de mobilidade internacional. Atualmente a UFPA possui em seus quadros de graduação e pós-graduação cerca de 300 alunos estrangeiros, e para o exterior são enviados anualmente aproximadamente 100 alunos entre graduação e pós-graduação e a Prointer está trabalhando para elevar este número nos próximos anos.

Entre as estratégias institucionais para fortalecer parcerias internacionais na UFPA estão projetos como os cursos livres de idiomas - que inclui aulas de português para estrangeiros. Além disso, a Universidade incentiva os pesquisadores a estreitarem relações com professores de universidades europeias, por exemplo, para submeterem projetos para a União Europeia e formarem parcerias Erasmus Plus, tal qual feito com a Leeds Beckett University, do Reino Unido, e também na parceria da Faculdade de Farmácia com a mesma faculdade da Universidade de Parma, na Itália.

“Também pretendemos melhorar a infraestrutura para receber os alunos estrangeiros, como um local de moradia ou alojamento estudantil específico, já que os alugueis em Belém são elevados”, enumera Iracilda Sampaio. Mas a falta de apoio governamental é notória, especialmente após o fim do Ciências Sem Fronteiras, o qual não possui projeto correspondente.

UFPA busca internacionalização - A Internacionalização da UFPA é uma das metas da instituição. Em um evento de recepção de alunos estrangeiros, o reitor Emmanuel Tourinho falou da importância de receber alunos de outros países que poderão compartilhar suas culturas, enriquecendo, assim, o ambiente universitário.

“Nós somos uma universidade brasileira, na Amazônia, que é aberta a todos. Somos uma universidade interessada na interação com todos os povos e com todas as nações. Desenvolvemos laços de cooperação acadêmica e científica com diversos países”, ressaltou.

Já a pró-reitora de Relações Internacionais, Iracilda Sampaio explicou que proporcionar este tipo de interação aos alunos estrangeiros faz parte do processo de internacionalização da Universidade. “Nós estamos trazendo esses alunos e inserindo um pouco das suas culturas na nossa estrutura de ensino e de pesquisa”, pontuou.

Conheça mais sobre os programas de intercâmbio na UFPA - O Bramex e o Bracol são fruto do Acordo de Cooperação Acadêmica e Cultural da Asociación Nacional de Universidades e Instituciones de Educación Superior de la República Mexicana (ANUIES) e da Asociación Colombiana de Universidades (ASCUN), respectivamente, com o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB). Cada um possui duas vagas para enviar e outras duas para receber alunos de graduação.

Já o Programa de Alianças para a Educação e a Capacitação (PAEC) - uma iniciativa do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB), da Organização dos Estados Americanos (OEA), e do Programa de Estudantes de Convênio de Graduação (PEC-G), permite que alunos de pós-graduação estrangeiros podem vir estudar na UFPA, mas a recepção dos estudantes depende de negociações com os Programas de Pós-graduação da UFPA e, por isso, o número de vagas é flexível, embora sempre chegue à algumas centenas.

Por meio do Programa Mobilidade Paulo Freire para Estudantes de Graduação de Programas Universitários de Formação de Professores, uma parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA) com a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) voltada aos cursos de licenciatura, a UFPA envia um aluno por edital ao exterior. Enquanto o Santander Universidades disponibiliza bolsas para alunos da federal paraenses irem à Portugal e Espanha.

Outros programas importantes são os o PEC-G (Programa de Estudantes-Convênio de Graduação) e o PEC-PG (Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação), que oferecem oportunidades de formação em nível superior ou em mestrados e doutorados a cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. Ambos são coordenados pelo Governo Federal e existem há vários anos junto ao Ministério da Educação (Mec) e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Texto: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Arquivo / Ascom (Adolfo Lemos)

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