Ir direto para menu de acessibilidade.

Seletor idioma

ptenes

Opções de acessibilidade

Página inicial > Ultimas Notícias > Pesquisadora diz que crescimento urbano é responsável por altas temperaturas na cidade
Início do conteúdo da página

Pesquisadora diz que crescimento urbano é responsável por altas temperaturas na cidade

  • Publicado: Quinta, 12 de Julho de 2018, 15h23

Calor

Calor, calor e mais calor! Que Belém é uma cidade chuvosa, com temperaturas elevadas não é novidade para ninguém. Em julho, a temperatura média diária do ar é de 26 °C, com máxima de 32°C. A pesquisadora da Faculdade de Meteorologia, da Universidade Federal do Pará (UFPA), Isabel Vitorino explica por que, em julho, é tão quente e dá dicas para fugir do calorão.

O mês das férias está inserido no período menos chuvoso do ano. A professora comenta que a população sente maior desconforto, porque, em julho, ocorre uma redução da umidade relativa do ar e das chuvas. Porém a sensação térmica de calor mais intenso acentua-se em razão do constante crescimento urbano e da retirada das áreas verdes.

“A cidade cada vez mais está crescendo, devido ao aumento da população que leva a mudança da cobertura da superfície para a estrutura da urbanização, que é grande absorvedora de radiação solar, tornando a mancha urbana uma Ilha de Calor. Como Belém está em uma região tropical, é natural que a radiação solar incidente seja abundante em todos os dias do ano, mas quanto mais o homem retira uma árvore aqui e outra ali, contribui para aquecer ainda mais a superfície, independente da época do ano”, explica Isabel Vitorino.

É comum, em Belém, sentir alguns dias mais “abafados”.  Porém a professora comenta que isso ocorre porque há aumento de umidade transportada diariamente pelas Brisas Marítima e Fluvial que promovem o aumento de nebulosidade, principalmente à tarde e à noite, causando maior desconforto térmico, muitas vezes sem ocorrer a precipitação.

“A temperatura do ar chega a ser mais intensa porque estamos em uma área que está em constante desenvolvimento, e isso faz com que os problemas socioambientais se acelerem, fazendo com que a sensação térmica se torne mais penetrante e desconfortável nos centros urbano, principalmente em espaços fechados, como automóveis e locais pequenos”, ressalta a professora. 

Tá Calor! O que eu faço? - Para quem pode sair da cidade e quer escapar do calor, a dica é curtir as praias do Estado. Salinas, Mosqueiro e Outeiro são opções para se refrescar, não esquecendo dos balneários e dos diversos outros pontos turísticos e atrativos que o Pará possui. “Julho é período de sol, lazer e férias. A nossa costa, o nordeste do Pará, é excelente para aproveitar a floresta. Tem a água do mar para se refrescar, igarapés e diversas opções para fugir da cidade”, comenta Isabel Vitorino.

Para quem for ficar em casa, o conselho para amenizar o calor é se hidratar bastante. “Por causa da redução da umidade, é necessário que as pessoas tomem muita água e banho e, se for possível, deixar as janelas abertas para arejar a casa. Isso ajudará a reduzir a sensação do calorão. Temos também os meios “não naturais”, como ar condicionado e ventiladores, para ter aquele ventinho ou friozinho em julho, mas se puder optar pelo vento natural, seria mais econômico”, indica a professora.

Texto: Vagner Mendes – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Reprodução / internet

registrado em:
Fim do conteúdo da página