ETDUFPA realiza videoperformance inspirada no acervo do Museu do Marajó

O Museu do Marajó, localizado em Cachoeira do Arari, recebe, na próxima semana, o encontro "Performances no Museu do Marajó: olhares sensíveis e memoria(s)". O evento tem como finalidade a produção de uma visita videoperformativa elaborada coletivamente como uma resposta sensível ao que inspira o acervo permanente do Museu. A programação ocorre entre os dias 25 e 27 de julho.

Monique Sobral de Boutteville, professora e uma das organizadoras do evento, conta que o encontro, assim como todos os eventos do projeto, tem por objetivo conceber, experimentar e analisar, nos museus, os modos de recepção das coleções permanentes em um contexto específico: quando o público é implicado ativamente em uma performance teatral produzida in situ por artistas das artes cênicas, afim de abordar a obra de maneira sensível, criativa e não somente didática.

“‘Performances no Museu do Marajó: olhares sensíveis e memória(s)’ propõe novos caminhos à pesquisa realizada durante os últimos dois anos. Por meio de mesas redondas, performances e partilhas, pretendemos promover um olhar sensível que possa integrar este espaço de exposição tanto a campos de pesquisa, quanto a comunidade local”, explica Monique. Saiba mais clicando aqui.

O encontro, coordenado pela professora Katia Légeret, é uma realização da Escola de Teatro e Dança (ETDUFPA) do Instituto de Ciências da Arte (ICA), em parceria com o Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), o Museu do Marajó e a Université Paris 8 Vincennes Saint-Denis. Evento é uma continuação da colaboração com instituições brasileiras parceiras do projeto Labex Arts H2H : La performance théâtrale au musée : une nouvelle médiation transculturelle (Labex Arts H2H : A performance teatral no museu : Recepção e mediação transcultural).

Importância – Segundo Monique, a iniciativa de levar a programação para o interior do Pará descentraliza espaços de pesquisa e criação. É uma forma de olhar para um espaço de exposição que propõe um acervo rico, além de dispositivos de extrema criatividade no que diz respeito à mediação com o público.

“Escolhemos um museu que constitui um espaço significativo dedicado exclusivamente à cultura, arte e modos de vida da região em questão. Se trata de olhar para essas regiões não nos questionando somente sobre o que ‘vamos levar’, mas sobre o que podemos descobrir e como partilhas recíprocas podem enriquecer a ambos”, comenta.

Parcerias – O projeto Labex Arts H2H possui diversos parceiros, como as produtoras Brisa filmes (Rio de Janeiro) e Multi AB produções (Belém). E também universidades colaboradoras como as francesas Université d’Artois, Université de Franche-Comté, a belga Université Libre de Bruxelles, a indiana Jawaharlal Nehru University, além do Musée National des Arts Asiatiques – Guimet e o Grand Palais, ambos localizados em Paris.

“Todos são convidados a experimentar a pedagogia de abordagem sensível de obras e partilhar seus resultados. O Prof°. Silvio de Lima Figueirado (NAEA) e a Profª. Inês Ribeiro foram convidados pelo projeto em 2016 a um Colloquio em Paris para relatar as pesquisas e experiências de sala de aula que eles promoveram”, conta a professora.

Museu – Criado nos anos 70 por Padre Giovanni Gallo, um missionário italiano naturalizado brasileiro, o Museu do Marajó nasceu como uma cidade civil sem fins lucrativos, que visa o desenvolvimento da comunidade Marajoara e, por meio da cultura, gerar fonte de renda por intermédio do turismo e outras atividades. Para mais informações acesse o site do Museu.

Serviço:

Performances no Museu do Marajó: olhares sensíveis e memoria(s)

Data: de 25 a 27 de julho

Local: Museu do Marajó, Cachoeira do Arari, Pará

Contatos: Maria José da Conceição Gama, secretária do Museu: (91) 984276773 (whatsapp); Monique Sobral de Boutteville: (91) 984332881 (celular), +33628501874 (whatsapp) ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Texto: Andre Gomes – Assessoria de Comunicação da UFPA

Imagens: Divulgação