Evento debate trabalho da Psicologia em comunidades quilombolas, indígenas, tradicionais e de terreiros
Com o objetivo de reunir profissionais da área da psicologia e a lideranças de povos tradicionais na região Norte para pensar nossa formação e intervenção na região Amazônica, a Faculdade de Psicologia da UFPA promove nesta segunda-feira, 13 de agosto, a Roda de Conversa denominada “O Trabalho da Psicologia junto a comunidades Quilombolas, Indígenas, tradicionais e de terreiros”. O evento ocorre das 8h às 18h30 no Laboratório de Filosofia (altos do IFCH) da Universidade Federal do Pará.
O evento vai proporcionar um diálogo com as lideranças de povos tradicionais, quilombolas, afro-religiosos, mulheres negras, indígenas, movimento sem terra, entre outros, para refletir sobre o trabalho de atenção psicossocial com a realidade da Amazônia, além da política de inclusão das universidades para populações tradicionais.
A Roda de conversa tem realização da Faculdade de Psicologia da UFPA (FAPSI) em parceria com o Projeto de extensão “Saúde, cidadania e Direitos Humanos: Projeto de Apoio a comunidades e Estudantes Indígenas e Quilombolas”, coordenado pela professora Maria Eunice Figueiredo Guedes (FAPSI/UFPA), a Associação de Estudantes Indígenas (APYEUFPA), o Conselho Regional de Psicologia do Pará e Amapá (CRP10), a Associação dos estudantes quilombolas (ADQ-UFPA) e o Programa de Antropologia e Arqueologia na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Temas de debate - O trabalho da psicologia em conjunto com essas populações é ainda relativamente recente. Nesse período, se tornou evidente como esta ciência precisa se reinventar para atuar de forma engajada nesses campos, de forma que permita o diálogo e aprendizado com outras culturas, conhecimentos e visões de mundos.
Outro aspecto central para essa atuação da psicologia é a construção de um compromisso ético-político com essas populações, se constituindo como uma ferramenta para suas lutas por territórios, direitos e autonomia. A história do contato com essas populações remete a um processo de dominação que remonta o período colonial. Desta forma, a descolonização da psicologia é um desafio, que acompanha cada passo do trabalho junto a esses povos.
Rede de Articulação - A “Rede de Articulação: Psicologia, Povos Indígenas, Quilombolas, de Terreiro, Tradicionais e em luta por território” tem o objetivo de construir uma rede de profissionais, pesquisadores, estudantes e militantes que atuam com tais populações em suas variadas lutas.
Em setembro será realizado o I Encontro da Rede de Articulação: Psicologia, Povos Indígenas, Quilombolas, de Terreiro, Tradicionais e em luta por território. O encontro ocorre no período de 7 a 9 de setembro de 2018, na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema-SP.
Texto: Divulgação
Fotos: Alexandre de Moraes
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