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Seminário no Campus de Cametá debate educação de surdos na Amazônia tocantina

  • Publicado: Terça, 04 de Setembro de 2018, 15h01

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O IV Seminário de Educação dos Surdos na Amazônia Tocantina (SESAT) ocorre no período de 19 a 21 de setembro, no Campus da UFPA de Cametá. O evento é realizado anualmente pelo Grupo de Estudos Surdos na Amazônia Tocantina (GESAT) e é voltado a pessoas que tenham interesse na temática da surdez, a fim de propor a formação de pesquisadores e divulgar os resultados das pesquisas realizadas pelo GESAT.

O evento será ambiente para o diálogo, com busca de alternativas para minimizar problemáticas locais sobre a inclusão socioeducacional dos surdos da Amazônia tocantina. O objetivo do seminário é promover intercâmbio científico, tecnológico e artístico de estudos na área da surdez e da Língua Brasileira de Sinais (Libras) realizados na região citada.

O período de inscrições vai até até o dia 18 de setembro para ouvintes. A programação contará com apresentações de Grupos de Trabalho (GTs), debates, palestras, conferências, mesas-redondas, lançamento de livro, além de programações culturais.

Educação inclusiva – Segundo a organizadora do evento, professora Waldma Oliveira, o IV Seminário de Educação dos Surdos na Amazônia Tocantina vai apresentar dados de alunos surdos matriculados na Secretaria Municipal de Educação (Semec) e na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) de Cametá e ilustrará o trabalho extensionista desenvolvido pelo grupo de pesquisa para promover a acessibilidade e a inclusão desses alunos.

“ A educação inclusiva traz, em sua essência, a convivência de sujeitos plurais em um ambiente educativo, partindo da diferença como alteridade, para que os sujeitos com ou sem deficiência possam aprender e construir suas identidades por meio do encontro dialógico, amoroso e afetivo”, afirma a professora.

O seminário já está em sua quarta edição e, segundo a organizadora, vem apresentando uma pluralidade de experiências e pesquisas no campo da surdez, como perspectiva socioantropológica, epistemológica e ontológica. “Algumas mudanças significativas vêm ocorrendo, como o lançamento do livro Educação inclusiva, Surdez e Libras, elaborado e organizado pelo GESAT; os projetos extensionistas idealizados e realizados com base nas demandas apresentadas no evento; a participação na criação da Associação dos Surdos de Cametá (Asurcam); publicação de diversos trabalhos em âmbito nacional e a tomada de consciência do nosso lugar de fala, como militantes, pesquisadores e professores da Educação de Surdos da/na Amazônia tocantina”, conta a professora.

Troca de experiências - Waldma Oliveira explica que o SESAT ilustrará pesquisa acerca da constituição identitária de surdos quilombolas, ribeirinhos e indígenas à luz das categorias fundantes Freireanas, como Opressor/Oprimido, Desumanização/humanização, Dialogicidade, Cultura, Alteridade, Tolerância, Amorosidade e Unidade na Diversidade.

A organizadora ressalta a importância de se trabalhar essas categorias, pois a discussão acerca da surdez não pode ficar reduzida às narrativas sobre as línguas e as experiências escolares. A professora também aponta a necessidade de ampliar a discussão acerca dos movimentos sociais, resistência surda e protagonismo surdo interligado às demarcações geográficas, culturais e linguísticas.

“O evento é o ambiente propício para o contato e a troca de experiências entre os surdos dos municípios do Baixo Tocantins que se encontram isolados geograficamente e, em alguns casos, politicamente, acerca da resistência surda. A importância do evento é proporcionar o encontro entre os pares linguísticos, os pesquisadores da área e a ilustração de um trabalho feito no campo, nas ilhas e na floresta, oportunizando vozes àqueles que a sociedade silenciou no percurso histórico”, conclui a professora.

Serviço:
IV Seminário de Educação dos Surdos na Amazônia Tocantina (SESAT)
Data: de 19 a 21 de setembro
Local: Auditório Alberto Mocbel (UFPA Campus de Cametá)
Inscrições: Até o dia 18/09 - Ouvinte (R$10,00)
Mais informações pelo site.

Texto: Matheus Luz - Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Divulgação

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