Contação de histórias e leitura são destaques desta sexta, 21, na UFPA

Nesta sexta-feira, 21 de setembro, a Universidade Federal do Pará (UFPA) será invadida por uma turminha muito especial. Alunos dos anos iniciais e também adolescentes dos anos finais do Ensino Fundamental tomam conta da Universidade durante um “Circuito de Leitura e Contação de Histórias”. Alunos e docentes da Educação Básica, mestrandos, formadores da UFPA e integrantes do EncantArtes utilizarão o hall da Reitoria da UFPA das 15h às 17h.

“Não é uma apresentação do EncantArtes. Trata-se de um Circuito, porque nossos alunos da licenciatura integrada já acompanham o cotidiano dessas escolas, por meio de projetos de extensão. E pesquisadores do mestrado profissional em Letras interagem por meio de suas pesquisas sobre literatura. Quem vem não é espectador”, adianta Isabel França Rodrigues, fundadora do Núcleo de Práticas e Linguagens Docentes, projeto ao qual o EncantArtes é ligado e, atualmente, coordenado pelas professoras Emília Oliveira e Elizabeth Manfredo.

A Contação de histórias e a leitura literária também não são atos isolados ou esporádicos, pois fazem parte das atividades do ensino, pesquisa e extensão da UFPA. Isso porque “os professores e alunos das escolas se preparam para estar no Circuito: escolhem leituras em articulação com seus professores, preparam o formato de apresentações e integram a programação. E quem estiver circulando pelo espaço é convidado a participar, pois sempre há textos disponíveis e ouvidos atentos, enredados pelas narrativas”, convidam os organizadores.

Em vários turnos - O Circuito do EncantArtes já foi realizado em agosto, no espaço Itec Cidadão. Esta edição de setembro será à tarde, no hall da Reitoria. Em outubro, será agendado à noite. “Essa variedade é necessária para que as diferentes turmas das escolas e participantes do projeto da graduação e pós-graduação possam também participar. Na edição noturna, alunos da Educação de Jovens e Adultos terão a chance de participar também”, conta a professora Isabel França Rodrigues.

O projeto, que foi selecionado numa convocatória internacional como uma das 30 experiências inovadoras na formação de professores na América Latina e Caribe, também se preocupa com a diversidade textual, a oralidade, a linguagem literária e  com a propagação da leitura e das narrativas nos diferentes espaços.

Vários textos e linguagens - “Todos nos preparamos para inserir no Circuito poemas, literatura infantojuvenil, textos de autores africanos, paraenses, indígenas e de diversas origens, o que é importante também como forma de valorização da nossa cultura e de identificação do leitor/ouvinte/contador com cada uma das histórias e a visibilidade que todas merecem”, conta a professora do Instituto de Educação Matemática e Científica da UFPA.  

O grupo também reafirma que é preciso considerar que há mais do que as palavras durante o Circuito: há os gestos, o trabalho com a voz, as expressões faciais, a música, a dança ou o teatro como interfaces de um trabalho com a Literatura. Enfim, aspectos que são importantes e podem ser mobilizados para esse momento de leitura e contação de histórias.  O desenvolvimento regular dessas ações fortalecem o trabalho na Formação inicial e continuada.

Contadores e narradores da Amazônia - Elementos que “são essenciais para que também se desperte no outro a vontade de recontar essa história, ler ele mesmo esse livro, construir sentidos para ilustrações, compreender o mundo. O contador nem sempre conta tudo, quase nunca o faz, e esse espaço deixado é o que será ocupado pelo outro, que, por sua vez, acrescentará na leitura sua própria marca como contador e leitor. É importante ressaltar que há um competente trabalho desenvolvido pelo Movimento de Contadores da Amazônia que atua em diferentes espaços, com integrantes reconhecidos nacionalmente, como é o caso de Andréa Cozzi”, completa a pesquisadora.

O Circuito e os projetos da UFPA que incentivam a contação de histórias e leituras ajudam a potencializar o aprendizado entre todas as faixas etárias e as habilidades diversas. “Potencializam a criatividade, o comportamento do leitor, ampliam o vocabulário, a oralidade, incentivam a escuta e o diálogo necessário à construção de sentidos. Esses e outros elementos que estão presentes no processo de alfabetização que precisa ser ampliado no decorrer do Ensino Fundamental. Por isso a relevância da parceria com o Profletras”, ressalta Isabel França Rodrigues.

Para participar do projeto, basta acompanhar a realização das ações, que são sempre anunciados na página do IEMCI/UFPA e do Núcleo de Práticas e Linguagens Docentes. As escolas que atuam nos projetos do Instituto e desejam vir à UFPA durante os circuitos devem se inscrever na página do Núcleo. Há atividades (Laboratório de produção textual, letramento acadêmico e vivências teatrais na formação inicial docente) nos dias 27, 28 e 29 de setembro. Participem!

Serviço:
Circuito de Leitura, contação de histórias e suas interfaces no cotidiano da UFPA
Dia 21 de setembro, das 15h às 17h, no hall da Reitoria.
Informações no site do projeto ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Texto: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Alexandre de Moraes