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Estudante indígena do PPG de Antropologia defende dissertação sobre Antropologia e Câncer de Colo de Útero nas etnias Xikrin e Assurini

  • Publicado: Sexta, 05 de Outubro de 2018, 15h10

IFCH FOTO ALEXANDRE MORAES3

Com o títuloSaúde da Mulher Indígena: Antropologia e Câncer de Colo de Útero nas etnias Xikrin do Cateté, Assurini do Trocará no Pará, Amazônia", orientada pelo professor Sidney Santos, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), a estudante indígena da Universidade Federal do Pará (UFPA) Eliene Rodrigues Putira Sacuena defendeu sua dissertação de mestrado no Laboratório de Genética Humana e Médica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), por meio do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA), no dia 21 de setembro.

Presidente da Apyeufpa, associação que reúne os indígenas estudantes da UFPA, Putira explica que a importância de uma indígena concluir um mestrado em Antropologia tem relação com a especificidade cultural  que precisa ser respeitada e levada em consideração como forma de valorizar a diversidade. “Os desafios para nós, indígenas, são muito complexos da realidade. Entrar na graduação e na pós-graduação é essencial não só para a nossa formação mas também para a informação da faculdade”, afirma a agora mestre em Antropologia.

Indígenas no Ensino Superior - Um estudo realizado pelo Centro de Registro e Indicadores Acadêmicos (CIAC) da UFPA demonstrou que, nos últimos dez anos, mais de 450 indígenas ingressaram em cursos da Instituição, em todos os campi. No entanto cerca de 100 abandonaram as aulas e os principais motivos são as dificuldades de adaptação fora das aldeias, falta de recursos financeiros para manter-se na Universidade, dificuldades pedagógicas e até a não identificação com o próprio curso.

Importância da pesquisa - Segundo Jane Beltrão, membro da banca pelo PPGA, a importância do trabalho de pesquisa realizado pela estudante vai além da expansão do conhecimento acadêmico sobre o assunto apresentado. "O importante é conhecer parâmetros de cuidados, tratamento e cura mais próximos da vivência e do estilo de vida de povos indígenas, uma vez que os estudos, até hoje realizados, são feitos a partir de populações europeias. Ao acolher e formar pessoas indígenas, especialmente mulheres, a UFPA dá passos largos no enfrentamento de mazelas que acometem o mundo amazônico e suas gentes”, afirmou a professora.

“É um orgulho ser aluna indígena na UFPA, pois é a maior universidade do Norte e nela montamos nossa aldeia com 34 povos e 190 indígenas, cada um com suas especificidades. A UFPA significa uma aldeia, uma mata de pedra a ser descoberta, mas, acima de tudo, ser estudante indígena na UFPA é importante pelo fato de ela nos olhar com equidade e com respeito cultural”, finaliza Eliene Putira.

Texto: Raquel Brasil - Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Alexandre de Moraes

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