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Pesquisadores estudam como produzir combustível sustentável a partir de microrganismos

  • Publicado: Segunda, 29 de Outubro de 2018, 15h11
Cianobactérias
Pesquisadores estudam como aproveitar óleos produzidos por cianobactérias para a produção de biodiesel. As chamadas cianobactérias são seres que realizam fotossíntese, participam dos mais diversos ecossistemas - até mesmo os mais inóspitos, e são capazes de sintetizar diversas substâncias, como proteínas e vitaminas. Todo esse potencial é ainda maior quando pensamos nas espécies inexploradas que ainda “se escondem” na Amazônia brasileira. E como elas nos ajudam? Pesquisadores já descobriram que algumas espécies da região podem ajudar na produção de combustíveis de forma sustentável.
 
Um grupo de pesquisa da Universidade Federal do Pará e do Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá (PCT – Guamá) estudou onze espécies de cianobactérias, de um banco de dados que possui mais de 60 espécies distintas, e encontrou uma que produz um tipo de óleo com características ótimas para a produção de biodiesel. 
 
A descoberta foi recentemente publicada na revista internacional Fuel, e “a ideia agora é aumentar a escala de produção desse óleo e, se confirmanda a sua qualidade, verificar se ele tem potencial para ser produzido em larga escala”, anuncia Luiz Adriano, do Laboratório de Óleos da Amazônia.
 
O pesquisador explica que, atualmente, a produção de biocombustíveis ainda está atrelada ao uso de óleos comestíveis, especialmente o de soja. Mas microrganismos como as cianobactérias, que crescem rapidamente, geram elevada quantidade de óleo, ocupando, em seu cultivo, espaços infinitamente menores que os vegetais. “As nossas espécies podem ser usadas como fontes de biocombustíveis em um futuro muito próximo”, relata o químico que atua nas áreas de Biotecnologia e Bioprocessos.
 
“Sem dúvida, as cianobactérias são um verdadeiro universo a ser explorado, elas podem ter atividades medicamentosas para diversas doenças, produção de bioplásticos – que são biodegradáveis, produção de combustíveis, cosméticos, entre outros. Entre as espécies amazônicas, apenas uma parcela ínfima foi estudada. Pode-se dizer que este é um campo de pesquisa praticamente inexplorado e muito promissor”, defende Luiz Adriano.
 
Texto: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA.
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