Capes aprova doutorado em Arquitetura e Urbanismo da UFPA
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou a abertura do Doutorado em Arquitetura e Urbanismo do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) da UFPA. A aprovação do curso representa um passo fundamental para a consolidação da pesquisa em Arquitetura e Urbanismo na Região Amazônica, uma vez que é o primeiro doutorado na área, da Região Norte. A previsão é que o edital de seleção seja lançado em dezembro, com turmas com início em 2019.
A aprovação do programa possibilita, ainda, novas oportunidades de intercâmbio científico com outros países da Pan-Amazônia e contribui para reduzir a assimetria na capacidade de produção de conhecimento da Região Norte em relação às outras regiões do País. “O programa será o primeiro doutorado específico da área de Arquitetura e Urbanismo com foco na Amazônia no continente sul americano, que, ao ser ofertado em uma instituição pública, poderá potencializar a inovação direcionada para as demandas amazônicas e a fixação de talentos para a pesquisa na região”, ressalta a professora Celma Chaves, do Programa do PPGAU.
A abertura do curso consolida o esforço coletivo dos oito anos de funcionamento do programa, o primeiro da Região Norte do Brasil, que já formou aproximadamente 80 mestres e, na última avaliação da Capes, alcançou a nota 4.
Doutorado - O escopo do programa situa o espaço construído como dimensão intrínseca do debate sobre a Amazônia, de modo a articular as ações vinculadas ao campo da Arquitetura e Urbanismo com a trajetória das populações e a disponibilidade de recursos naturais da região. Para Celma Chaves, “essa conquista avança no cumprimento da missão acadêmica e social da UFPA, por ser baseada na valorização das especificidades da produção do espaço construído em um contexto híbrido e sob crescente urbanização, cuja materialidade de relações sociais, culturais, econômicas, ambientais, tecnológicas e histórica precisa ser compreendida, especialmente na conjuntura atual da sociedade brasileira.”
O programa aprovado também busca caracterizar o espaço construído (urbano ou rural) como parte da questão amazônica, destacando sua sociobiodiversidade, e a demanda de investigação sobre a inserção e o habitat dos grupos mais vulneráveis; as transformações de padrões espaciais socialmente produzidos e suas conexões aos saberes locais; a teoria e a prática arquitetônica no habitat amazônico; o patrimônio histórico e cultural existente na região; e técnicas construtivas compatíveis com o bioma e com a condição socioeconômica e cultural da população.
Texto e fotos: Divulgação/Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
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