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Última matéria da Campanha Fevereiro Roxo lembra cuidados que ajudam pacientes com Lúpus a ter uma rotina saudável

  • Publicado: Sexta, 26 de Fevereiro de 2021, 16h26

Fevereiro Roxo portal lupús

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, de causa desconhecida e não possui cura. Porém, como sempre é lembrado durante a Campanha “Fevereiro Roxo”, que, além do Lúpus, também informa sobre o Alzheimer e a Fibromialgia, "se não houver cura, que, no mínimo, haja conforto", por isso é importante compartilhar informações e mostrar que o tratamento deve ser visto como uma mudança necessária para que o paciente acometido pela doença mantenha uma rotina saudável. A última matéria da série do "Fevereiro Roxo" irá falar sobre o Lúpus.

Considerada uma doença autoimune, o Lúpus pode afetar diversos órgãos e tecidos do corpo, como a pele, as articulações, os rins e o cérebro. A doença ocorre quando o próprio sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do corppor engano. Os sintomas podem surgir em diversos órgãos, de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão. Em casos mais graves, especialmente se não for tratado adequadamente, o Lúpus pode até causar a morte. 

"Há diferença no diagnóstico, desenvolvimento e tratamento dos pacientes, pois cada um apresenta as manifestações da doença de forma muito distinta, em razão do fato de o  Lúpus eritematoso sistêmico afetar diferentes órgãos e tecidos. Então a abordagem em relação ao tratamento deve ser individualizada de acordo com a forma de a doença se manifestar", garante Glauce Leão Lima, médica reumatologista. 

No Brasil, não há números exatos, mas as estimativas indicam que existam cerca de 65.000 (sessenta e cinco mil) pessoas com Lúpus, sendo a maioria mulheres. Acredita-se, assim, que uma mulher, a cada 1.700 (mil e setecentas), tenha a doença no Brasil.

Os sinais do Lúpus - O Lúpus pode ser diagnosticado de duas formas principais: o cutâneo, que se manifesta com sintomas como manchas na pele, geralmente avermelhadas ou eritematosas (bolhas que se espalham pelo corpo), e daí o nome Lúpus Eritematoso, principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo e braços); e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos.

Normalmente, a pessoa descobre que tem Lúpus após ter uma crise desencadeada por algum desses motivos: exposição à luz solar de forma inadequada e em horários inapropriados; infecções, que podem iniciar o Lúpus ou causar uma recaída da doença; o uso de alguns antibióticos, medicamentos usados para controle de convulsões e pressão alta; ou em virtude da diminuição das células do sangue (glóbulos vermelhos e brancos), com a ação de anticorpos contra essas células. Esses sintomas podem surgir isoladamente ou em conjunto e podem ocorrer ao mesmo tempo ou de forma sequencial. Crianças, adolescentes ou mesmo adultos podem apresentar inchaço dos gânglios (ínguas), que geralmente é acompanhado por febre e pode ser confundido com os sintomas de infecções como a rubéola ou mononucleose.

"Muito tem se investido em tratamentos nos últimos anos. Temos bons avanços para o controle da doença, com a introdução de medicamentos específicos para o combate dessa patologia e estamos avançando em tratamento com células tronco. As pessoas diagnosticadas devem ter cuidado com a exposição ao sol, pois esses pacientes têm aumento da sensibilidade da pele, o que pode provocar lesões pelo corpo. Alimentação saudável é fundamental, assim como atividade física supervisionada. Suspender o tabagismo, ter acompanhamento médico regular, com exames de rotina e uso correto das medicações, também é importante, pois se trata de uma doença que tem controle, mas não cura", pontua a médica Glauce Lima.

Entendendo a doença - Por ser uma doença do sistema imunológico, que é responsável pela produção de anticorpos e pela organização dos mecanismos de inflamação em todos os órgãos, quando a pessoa tem LES, ela pode ter diferentes tipos de sintomas, em vários locais do corpo. Alguns sintomas são generalistas, como febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo. Outros são mais específicos de cada órgão, como dor nas juntas, manchas na pele, inflamação da pleura, hipertensão e/ou problemas nos rins.

Ainda que a doença possa ocorrer em pessoas de qualquer idade e sexo, principalmente entre 20 e 45 anos, ela acomete, sobretudo, as mulheres em idade fértil, o que alguns estudos apontam que possa ser uma consequência de uma combinação de diferentes fatores hormonais, infecciosos, genéticos e ambientais. Sabe-se, ainda, que fatores genéticos podem contribuir para o desenvolvimento do Lúpus, ou seja, existem pessoas que já nascem com susceptibilidade genética para o aparecimento da doença em algum momento. 

"O Lúpus pode acontecer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em mulheres jovens, que estão iniciando a vida adulta. Mas existe a forma infantil, que pode evoluir com gravidade. É muito importante falar sobre a doença, pois ela tem tratamento. Entre as dúvidas que muitos têm sobre o Lúpus, há: se a doença é contagiosa, se a pessoa não pode engravidar, se todas as pessoas da família irão ter e se a doença terá sempre sintomas graves. Mas tudo isso é um mito. A verdade é que existe controle, outras doenças têm os mesmos sintomas do Lúpus e, principalmente, pacientes com Lúpus podem ser vacinados contra a Covid-19", afirma Glauce Lima.

Para saber mais sobre o Lúpus, acesse o site da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Leia também: 

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Texto: Maiza Santos - Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Mkt Ascom

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