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Cenário do lançamento do livro Say it (over and over again), de Max Martins, está aberto à visitação no Museu da UFPA

  • Publicado: Quinta, 23 de Dezembro de 2021, 18h23

Cenario Max Martins 1 Credito Acervo UFPA

Está aberto à visitação, no Museu da UFPA, o cenário da sessão de lançamento do livro Say it (over and over again), de Max Martins, publicado com o selo da Editora da Universidade Federal do Pará (ed.ufpa). O cenário conta com exposição de fotos, de uma linha do tempo sobre a vida do autor, de objetos pessoais e da coleção da poesia completa do poeta, publicada pela ed.ufpa. A visitação é gratuita e ocorre até 08 de janeiro, das 10h às 16h, exceto nos dias 24, 25 e 31 de dezembro de 2021 e nos dias 01 e 02 de janeiro de 2022.

A ambientação foi organizada pela Editora da UFPA para apresentar a vida pessoal e a obra de Max Martins na ocasião do lançamento do livro que encerra os trabalhos de reedição da poesia completa do poeta, planejada em onze volumes, com organização e projeto gráfico de Age de Carvalho. O lançamento ocorreu no último dia 17 de dezembro.

Lancamento Max Martins 2Logo na primeira sala da exposição, os visitantes podem conferir peças do acervo pessoal do autor, adquirido pela UFPA, em 2010, que se encontra conservado no MUFPA. Estão em exposição a cadeira de trabalho do poeta, sua máquina de escrever, um baú e a placa “Porto Max”, que adornava a entrada de sua lendária cabana, na praia do Marahu, na ilha de Mosqueiro. Ainda há um display com a imagem de Max sentado em sua cadeira de trabalho, que foi parte do cenário do estande da ed.ufpa que homenageou o poeta na Feira Pan-Amazônica do Livro em 2013.

Cenario Max Martins 4 Credito Acervo UFPANo mesmo ambiente, também é possível acompanhar um painel com uma linha do tempo que registra os principais acontecimentos da vida pessoal e da trajetória poética de Max Martins, do nascimento, em Belém, em 20 de junho de 1926, até seu falecimento, em 9 de fevereiro de 2009.

Exposição fotográfica - O público ainda pode visualizar cenas da vida do poeta por meio de fotografias. Em um dos registros, de autor desconhecido, são fotografados Max Martins, Maria Sylvia Nunes, Dina Oliveira, Lilia Chaves, Francisco Paulo Mendes, Benedito Nunes e Ruy Meira, na Casa da Linguagem, em Belém. E, em outra fotografia de Octavio Cardoso, aparecem o autor da foto, Max Martins, Age de Carvalho, Aracelia Hiraoka e Luciano Chaves, na lendária cabana batizada de “Porto Max”, construída pelo poeta em Mosqueiro, ao lado da casa dos amigos Maria Sylvia Nunes e Benedito Nunes.

Cenario Max Martins 11 Credito Acervo UFPAOutra foto, histórica, mostra Max Martins, acompanhado de outros intelectuais, como o artista plástico Emmanuel Nassar, nas escadarias do Theatro da Paz. De autoria de Alexandre Gusman, a foto foi feita em 1983, durante o lançamento de “Caminho de Marahu”, livro de Max Martins. Outras imagens mostram o poeta com os amigos Age de Carvalho e Edison Ferreira, este a quem Max dedica o livro Say it (over and over again).

A cabana foi um sonho que Max conseguiu realizar e um lugar para a poesia. Apesar de passar apenas temporadas de no máximo duas semanas na cabana, ela foi um lugar de recolhimento e solidão voluntária, propício à poesia e à reflexão, onde eventualmente também recebia amigos.

Lancamento Max Martins 8Exibição de vídeos - Como parte da visitação, também estão em exibição contínua três vídeos em uma sala de projeção. O primeiro deles é uma produção da Academia Amazônia da UFPA, que utilizou áudio com a voz de Max Martins, do acervo da Fundação Curro Velho, mesclando-o com fotos do poeta e trechos de seus poemas.

O segundo vídeo, chamado “Variações da rede”, foi dirigido por James Bogan em 1989, com direção de fotografia de Diógenes Leal. Trata-se de uma versão em português do original “The Hammock Variations”. O filme, premiado no exterior e no Brasil, tem como personagem principal o poeta Max Martins e foi traduzido por Walkyria Magno e Silva, professora da UFPA.

Já o terceiro vídeo, “O Tao Caminho”, é um curta-metragem produzido em 2005 por Danielle Fonseca como resultado de uma bolsa de pesquisa e experimentação artística do Instituto de Artes do Pará (IAP). Inspirado pelo livro “Caminho de Marahu” (1984), do poeta Max Martins, o videoarte foi premiado pelo IAP.

Cenario Max Martins 7 Credito Acervo UFPAPoesia completa - Em outra sala da exposição, ainda podem ser folheados pelos visitantes os onze volumes da Coleção Max Martins publicada pela ed.ufpa, incluindo o livro lançado. O projeto de reedição da obra de Max Martins foi iniciado em 2015 com a publicação de três volumes: O Estranho, Colmando a Lacuna, e Caminho de Marahu. Em 2016, foi a vez de H'Era, O Risco Subscrito, A Fala entre Parêntesis (com Age de Carvalho) e Para ter Onde Ir. Em 2018, mais três volumes foram publicados: Anti-Retrato, 60/35 e Marahu Poemas. A reedição de volumes independentes encerra em 2021, com a publicação de Say it (over and over again).

O novo volume e a coleção completa podem ser adquiridos diretamente na Livraria da UFPA, localizada na cidade universitária, em Belém, ou, em breve pelo site vendasonline.editora.ufpa.br.

Sobre o poeta - Max da Rocha Martins viveu, escreveu e ancorou toda sua vida em Belém do Pará, onde nasceu no dia 20 de junho de 1926. Cresceu em uma família que valorizava a leitura. Era o pai, Eurico, quem trazia gibis, revistas e as primeiras histórias infanto-juvenis com as quais o poeta teve contato: Carioca, Noite Ilustrada, Fon-Fon, A Aventura de Robinson Crusoé, Tarzan.

Foi companheiro de geração de Benedito Nunes, Mário Faustino, Haroldo Maranhão, Alonso Rocha, Jurandyr Bezerra, Francisco Paulo Mendes e Ruy Barata. Seus primeiros textos foram publicados no jornal O Colegial. Em 1948, colaborou com a revista literária Encontro, dirigida por Mário Faustino e Haroldo Maranhão. Entre 1946 e 1951, passa a publicar regularmente no suplemento literário da Folha do Norte, editado também por Haroldo, os poemas que viriam a integrar o seu livro de estreia, O Estranho (1952). Em fins de 1949, casa-se com Maria Laïs Teixeira Godinho Martins, que lhe dá duas filhas, Graça e Nazaré.

Max publicou intensamente durante toda a década de 1980 e, pela primeira vez, participou de viagens para leituras de poesia (Rio, Salvador e a mais longa delas, a que o levou ao Missouri, EUA, a convite do poeta norte-americano James Bogan). É nesta década também que construiu a sempre sonhada cabana na praia do Marahu, em Mosqueiro, emblemática dentro de sua obra. Mantém intensa cooperação também com Age de Carvalho, com quem passará longa temporada de seis meses em Viena, Áustria, em 1990.

De 1991 a 1994, dirigiu a Fundação Cultural Casa da Linguagem, em Belém. Em 1993, recebeu o Prêmio Olavo Bilac de poesia, da Academia Brasileira de Letras, pelo livro Não para consolar. Sai na Alemanha a tradução de Para ter onde ir (Der Ort Wohin), de Burkhard Sieber, em 2006.

Autodidata, fez estudos em ciências da Arte, Poesia, Literatura e Filosofia. Foi funcionário público da extinta Sucam, órgão do Ministério da Saúde, mas, sobretudo, nas palavras de Benedito Nunes, “viveu a poesia que escreveu”, a verdadeira profissão e ocupação de toda a vida. Como se refere Age de Carvalho sobre Max, “sempre foi um poeta em todos os sentidos, o poeta total, a figura do próprio poeta”.

Em 2001, a UFPA concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa. Max Martins faleceu em 9 de fevereiro de 2009, em Belém, aos 82 anos.

Serviço
Visitação ao cenário da sessão de lançamento do livro Say it (over and over again), de Max Martins (ed.ufpa, 2021)
Período: 22/12/2021 a 08/01/2022, exceto nos dias 24, 25 e 31/12/2021 e 01 e 02/01/2022
Horário: 10h às 16h
Local: Museu da UFPA (Av. Gov. José Malcher, 1192 - Belém-PA)
Entrada franca.
Obrigatório o uso de máscara e a apresentação da carteira de vacinação.

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Texto: Assessoria de Comunicação Institucional, com informações da Editora da UFPA

Fotos: Acervo da UFPA

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